segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Auditivo

Personalidade auditiva

     Auditivo é uma pessoa mais calma, tranquila, ponderada; prefere ouvir a falar; é detalhista, organizada, tímida e perfeccionista. Prefere o previsível e a rotina. “É mais focada em tarefas e processos do que em gente”, ilustra. É rígido e formal. Gostam de tabelas, gráficos, concentração; “é alguém que não se importa de ter de refazer várias vezes as mesmas coisas, contanto que estejam corretas”. Para um auditivo, trabalhar com análises e cálculos é um prazer.
     Pessoas auditivas falam consigo mesmas e assim, desabafam, costumam expressar seus pensamentos em voz alta. Prefere sempre que as outras pessoas lhe expliquem as coisas a lê-las. Costuma seguir com facilidade as conversas das pessoas ainda que esteja olhando para outro lado. Também são pessoas de personalidade muito expressiva e com grandes dotes de comunicação. Sabem se expressar muito bem e gostam de escutar aos demais. Nada lhes escapa, podem ser capazes de seguir uma conversa ao mesmo tempo em que escutam uma música. Podem fazer várias coisas ao mesmo tempo, diferente daquelas pessoas que são visuais, e que em alguns momentos é difícil se concentrarem caso haja muitos estímulos no ambiente.


     Os auditivos aprendem por instruções verbais dele ou de outros; Gosta de diálogos; evita longas descrições; não presta atenção nas ilustrações; move os lábios. Lembra nomes, mas esquece de rostos; relembra das coisas por repetição auditiva. Fala sobre os problemas; testa as soluções verbalmente; falam consigo mesmo sobre o problema. Combinar roupas não é tão importante, pode explicar a respeito das escolhas. Gosta de ouvir, mas não consegue esperar falar, descrições são longas e repetitivas; usa predicados como "ouça, escute, explicar" etc.




sexta-feira, 15 de maio de 2015

Autismo e tecnologia

  Tecnologia pode ajudar no tratamento de pessoas com autismo

  Atração de crianças autistas por equipamentos tecnológicos tem sido aproveitada para o desenvolvimento de técnicas de ensino mais eficazes


    Aline Naoe ComCiência/Labjor/DICYT A atração de crianças autistas por dispositivos tecnológicos é frequentemente relatada por pais e médicos. Nos últimos anos, esse fascínio tem sido aproveitado pelos pesquisadores para o desenvolvimento de técnicas de ensino mais eficazes, por exemplo, com o uso de vídeos, PDAs (espécie de mini-computador) e realidade virtual. O espectro autista envolve, além do autismo, a Síndrome de Asperger, Síndrome de Rett e outros distúrbios caracterizados pelo desenvolvimento deficiente, que afeta habilidades de fala e interação social e, em alguns casos, perda das habilidades motoras.

    O uso da tecnologia no tratamento indivíduos com distúrbios do espectro autista é um dos temas de estudo da psicóloga Linda LeBlanc, professora da Universidade de Auburn. A pesquisadora esteve no Brasil no mês de janeiro para participar da Escola São Paulo de Ciência Avançada: Avanços na Pesquisa e no Tratamento do Comportamento Autista, evento organizado pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), onde falou sobre as vantagens e cuidados na incorporação da tecnologia em intervenções de comportamento.

    Segundo LeBlanc, automatizar determinadas intervenções utilizando a tecnologia pode aumentar sua precisão e consistência, o que pode tornar o tratamento mais eficaz, além de reduzir tempo e custos. “Além disso, a tecnologia nos permite ensinar certos tipos de habilidades com segurança quando o treinamento ao vivo seria difícil ou perigoso. Por exemplo, quando ensinamos uma pessoa a atravessar a rua em um ambiente virtual em vez de no mundo real com automóveis reais”, comenta a pesquisadora.

      LeBlanc, no entanto, chama a atenção para o fato de que somente quando bem utilizada a tecnologia pode oferecer vantagens no tratamento do comportamento autista. Segundo a psicóloga, é preciso que a tecnologia dos dispositivos eletrônicos permita utilizar também o que há de melhor na tecnologia que é a aplicação prática do conhecimento. Além desse questionamento, ela aponta que é preciso fazer mais duas questões: se as necessidades clínicas coincidem com as vantagens que a tecnologia pode oferecer e se temos o conhecimento necessário, tanto da tecnologia em si como da tecnologia do tratamento comportamental. “Se a resposta a todas essas perguntas é sim, definitivamente devemos usar a tecnologia”, afirma.

    Para a cientista, os princípios básicos do comportamento devem ser incorporados na concepção e implementação de intervenções baseadas na tecnologia, para que elas sejam mais eficazes e não representem somente a substituição do esforço humano. “Novas tecnologias são constantemente desenvolvidas, de modo que precisamos constantemente avaliar novos produtos e estratégias. O importante é verificar quais características da tecnologia são necessárias para produzir bons efeitos”, diz LeBlanc.
                
   http://www.dicyt.com/noticia/tecnologia-pode-ajudar-no-tratamento-de-pessoas-com-autismo